segunda-feira, 19 de março de 2012
segunda-feira, 12 de março de 2012
!!poemas!!
POEMA OU NÃO É.
O girino é o peixinho do sapo.O silêncio é o começo do papo.O bigode é a antena do gato.O cavalo é o pasto do carrapatoOleitãoé um porquinho mais novo.A galinha é um pouquinho do ovo.O desejo é começo do corpo.Engordar é a tarefa do porco.A cegonha é a girafa do ganço.O cachorro é o lobo mais manso.O escuro é ametade da zebra.As raízes são veias da seiva.Ocamelo é o cavalo sem sede.Tartaruga por dentro e de parede.O potrinho é o bezerro égua.A batalha é o começo tregua.Papagaio é um dragão miniatura.Bactérias no meio é cultura.
ARNALDO ANTUNES
O girino é o peixinho do sapo.O silêncio é o começo do papo.O bigode é a antena do gato.O cavalo é o pasto do carrapatoOleitãoé um porquinho mais novo.A galinha é um pouquinho do ovo.O desejo é começo do corpo.Engordar é a tarefa do porco.A cegonha é a girafa do ganço.O cachorro é o lobo mais manso.O escuro é ametade da zebra.As raízes são veias da seiva.Ocamelo é o cavalo sem sede.Tartaruga por dentro e de parede.O potrinho é o bezerro égua.A batalha é o começo tregua.Papagaio é um dragão miniatura.Bactérias no meio é cultura.
ARNALDO ANTUNES
segunda-feira, 5 de março de 2012
poesia
CARLOS RUMMONT DE ANDRADE
PROCURA DA POESIA
Penetra surdamente no rino das palavras.
Lá estão os poemas que esperam ser escriotos.
Estão paralisados, mas não há desespero,
Há calma e frescura na superfície intata.
Ei-los sós e mudos, em estado de dicionário.
Convive com teus pemas, antes de escrevê-los.
Tem paciência se obscuros.Calma, se te provocam.
Espera que cada um se srealize e cumsume
com seu poder de palavra
e seu poder de silêncio.
Não forces o pema a desprender-se do limbo.
Não colhas no cão do poema que se perdeu.
Não adules o poema.Aceita-o
como ele aceitará sua forma definitiva e concentrada
no espaço.
Chega mais perto e contempla as palavras.
Cada uma
tem mil feces secretas sob a face neutra
e te pergunta, sem interesse pala resposta,
pobre ou terrível, que lhe deres:
Trouxeste a chave?
Repara:
ermas de melodia e conceito
elas se refugiaram na noite, as palavras.
Ainda úmidas e impregnadas de sono,
rolam num rio dificíl e se transforman em desprezo.
PROCURA DA POESIA
Penetra surdamente no rino das palavras.
Lá estão os poemas que esperam ser escriotos.
Estão paralisados, mas não há desespero,
Há calma e frescura na superfície intata.
Ei-los sós e mudos, em estado de dicionário.
Convive com teus pemas, antes de escrevê-los.
Tem paciência se obscuros.Calma, se te provocam.
Espera que cada um se srealize e cumsume
com seu poder de palavra
e seu poder de silêncio.
Não forces o pema a desprender-se do limbo.
Não colhas no cão do poema que se perdeu.
Não adules o poema.Aceita-o
como ele aceitará sua forma definitiva e concentrada
no espaço.
Chega mais perto e contempla as palavras.
Cada uma
tem mil feces secretas sob a face neutra
e te pergunta, sem interesse pala resposta,
pobre ou terrível, que lhe deres:
Trouxeste a chave?
Repara:
ermas de melodia e conceito
elas se refugiaram na noite, as palavras.
Ainda úmidas e impregnadas de sono,
rolam num rio dificíl e se transforman em desprezo.
sábado, 3 de dezembro de 2011
JEC/JOINVILLE
terça-feira, 29 de novembro de 2011
Publicidade de hoje
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terça-feira, 22 de novembro de 2011
Publi cidade
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segunda-feira, 21 de novembro de 2011
LEITURA
O segredo do sertanejo (uricuri)
Oricuri madurou ô é sinal
Que arapuá já fez mel
Catingueira fulôro lá no sertão
Vai cair chuva granel
Catingueira fulôro lá no sertão
Vai cair chuva granel
Arapuá esperando
Oricuri "maduricer"
Catingueira fulôrando sertanejo
Esperando chover
Oricuri "maduricer"
Catingueira fulôrando sertanejo
Esperando chover
Lá no sertão, quase ninguém tem estudo
Um ou outro que lá aprendeu ler
Mas tem homem capaz de fazer tudo doutor
E antecipa o que vai acontecer
Um ou outro que lá aprendeu ler
Mas tem homem capaz de fazer tudo doutor
E antecipa o que vai acontecer
Catingueira fulora vai chover
Andorinha voou vai ter verão
Gavião se cantar é estiada
Vai haver boa safra no sertão
Andorinha voou vai ter verão
Gavião se cantar é estiada
Vai haver boa safra no sertão
Se o galo cantar fora de hora
É mulher dando fora pode crer
A cauã se cantar perto de casa
É agoro é alguém que vai morrer
É mulher dando fora pode crer
A cauã se cantar perto de casa
É agoro é alguém que vai morrer
São segredos que o sertanejo sabe
E não teve o prazer de aprender ler
E não teve o prazer de aprender ler
Oricuri madurou ô é sinal
Que arapuá já fez mel
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