segunda-feira, 26 de março de 2012
segunda-feira, 19 de março de 2012
poemas
Amar
Fechei os olhos para não te ver
e a minha boca para não dizer...
E dos meus olhos fechados desceram lágrimas que não enxuguei,
e da minha boca fechada nasceram sussurros
e palavras mudas que te dediquei...
O amor é quando a gente mora um no outro.
Fechei os olhos para não te ver
e a minha boca para não dizer...
E dos meus olhos fechados desceram lágrimas que não enxuguei,
e da minha boca fechada nasceram sussurros
e palavras mudas que te dediquei...
O amor é quando a gente mora um no outro.
segunda-feira, 12 de março de 2012
!!poemas!!
POEMA OU NÃO É.
O girino é o peixinho do sapo.O silêncio é o começo do papo.O bigode é a antena do gato.O cavalo é o pasto do carrapatoOleitãoé um porquinho mais novo.A galinha é um pouquinho do ovo.O desejo é começo do corpo.Engordar é a tarefa do porco.A cegonha é a girafa do ganço.O cachorro é o lobo mais manso.O escuro é ametade da zebra.As raízes são veias da seiva.Ocamelo é o cavalo sem sede.Tartaruga por dentro e de parede.O potrinho é o bezerro égua.A batalha é o começo tregua.Papagaio é um dragão miniatura.Bactérias no meio é cultura.
ARNALDO ANTUNES
O girino é o peixinho do sapo.O silêncio é o começo do papo.O bigode é a antena do gato.O cavalo é o pasto do carrapatoOleitãoé um porquinho mais novo.A galinha é um pouquinho do ovo.O desejo é começo do corpo.Engordar é a tarefa do porco.A cegonha é a girafa do ganço.O cachorro é o lobo mais manso.O escuro é ametade da zebra.As raízes são veias da seiva.Ocamelo é o cavalo sem sede.Tartaruga por dentro e de parede.O potrinho é o bezerro égua.A batalha é o começo tregua.Papagaio é um dragão miniatura.Bactérias no meio é cultura.
ARNALDO ANTUNES
segunda-feira, 5 de março de 2012
poesia
CARLOS RUMMONT DE ANDRADE
PROCURA DA POESIA
Penetra surdamente no rino das palavras.
Lá estão os poemas que esperam ser escriotos.
Estão paralisados, mas não há desespero,
Há calma e frescura na superfície intata.
Ei-los sós e mudos, em estado de dicionário.
Convive com teus pemas, antes de escrevê-los.
Tem paciência se obscuros.Calma, se te provocam.
Espera que cada um se srealize e cumsume
com seu poder de palavra
e seu poder de silêncio.
Não forces o pema a desprender-se do limbo.
Não colhas no cão do poema que se perdeu.
Não adules o poema.Aceita-o
como ele aceitará sua forma definitiva e concentrada
no espaço.
Chega mais perto e contempla as palavras.
Cada uma
tem mil feces secretas sob a face neutra
e te pergunta, sem interesse pala resposta,
pobre ou terrível, que lhe deres:
Trouxeste a chave?
Repara:
ermas de melodia e conceito
elas se refugiaram na noite, as palavras.
Ainda úmidas e impregnadas de sono,
rolam num rio dificíl e se transforman em desprezo.
PROCURA DA POESIA
Penetra surdamente no rino das palavras.
Lá estão os poemas que esperam ser escriotos.
Estão paralisados, mas não há desespero,
Há calma e frescura na superfície intata.
Ei-los sós e mudos, em estado de dicionário.
Convive com teus pemas, antes de escrevê-los.
Tem paciência se obscuros.Calma, se te provocam.
Espera que cada um se srealize e cumsume
com seu poder de palavra
e seu poder de silêncio.
Não forces o pema a desprender-se do limbo.
Não colhas no cão do poema que se perdeu.
Não adules o poema.Aceita-o
como ele aceitará sua forma definitiva e concentrada
no espaço.
Chega mais perto e contempla as palavras.
Cada uma
tem mil feces secretas sob a face neutra
e te pergunta, sem interesse pala resposta,
pobre ou terrível, que lhe deres:
Trouxeste a chave?
Repara:
ermas de melodia e conceito
elas se refugiaram na noite, as palavras.
Ainda úmidas e impregnadas de sono,
rolam num rio dificíl e se transforman em desprezo.
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